O impacto da pandemia no custo da estrutura de concreto armado
Desde que o primeiro caso de Covid-19 foi identificado, em 2019, o mundo em suas mais variadas áreas (não somente a área da saúde) sofreram o impacto dessa pandemia, na Construção Civil não foi diferente.
E para entender o impacto que a flutuação dos preços dos materiais e mão-de-obra teve no custo total de uma estrutura de concreto armado, um estudo foi feito com base no orçamento de uma estrutura de concreto armado com as seguintes características:
- 8 pavimentos (térreo + 6 pavimentos com 4 apartamentos/cada + pavimento cobertura);
- área aproximada de 550 m² por pavimento;
- fundação resolvida em blocos de coroamento e estacas em hélice contínua com comprimento médio de 8m;
- estrutura com 36 pilares analisada com a classe de agressividade ambiental e ações de vento aplicáveis para obras em Salvador-BA.
Para aumentar a descrição da solução estrutural empregada, o objeto do estudo orçamentário em questão pode ser caracterizado com os seguintes itens qualitativos e quantitativos de projeto, extraídos do TQS:
- Fundações e baldrames: 48,91 kg/m³ e 112,86 kg/m³;
- Ático/Cobertura/Pav Tipo/Térreo: 83,67 kg/m³ (na média).
Para orçar esta obra foi considerada a base SINAPI, da Caixa Econômica Federal, que é amplamente utilizada em orçamentos de obras públicas.
Os quantitativos foram lançados em bases com preços de referência para o estado da Bahia desde dezembro de 2019 até outubro de 2022, considerando tanto a desoneração da folha de pagamento quanto a não desoneração, conforme pode ser visto nos gráficos abaixo:
Como é possível observar no gráfico, a maior guinada de preços aconteceu entre agosto de 2020 e maio de 2021.
Através dele é também possível perceber que uma estrutura de concreto armado que custava aproximadamente R$2,25 milhões nos meses iniciais de pandemia, alcançou custo de aproximadamente R$4,5 milhões no mês de maio de 2022.
A flutuação da curva de custos continua acompanhando uma movimentação assintótica e horizontal. Não é possível perceber, ainda, uma tendência de queda para os patamares anteriores.
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